domingo, 14 de junho de 2009

Saúde Ocupacional

Guerra de nervos no trabalho



Frustração, irritação, uso de drogas e passividade durante o tempo livre podem ser sinal de stress ocupacional; as conseqüências para a saúde se tornam mais dramáticas com o envelhecimento.

O stress no trabalho é uma das principais causas de absenteísmo e acidentes. Estudo feito pelo governo britânico em 2000 estimou em cerca de 40 milhões as faltas ao trabalho, em apenas um ano, devido a distúrbios relacionados ao stress. Nos Estados Unidos, esse número chega a 550 milhões de faltas por ano.
O médico americano Martin Moore-Ede, um dos maiores especialistas do mundo em fadiga laboral, calculou, em 1993, o custo mundial dos acidentes − na indústria, no trânsito e no campo − em cerca de 60 milhões de dólares por ano. Mais do que um tema de segurança ocupacional, o stress é, portanto, uma fonte importante de prejuízos econômicos.
A situação tem se agravado nas últimas décadas devido à crescente precarização das relações de trabalho, ao ritmo acelerado das grandes cidades, à pressão por eficiência, ao ambiente cada vez mais competitivo e ao medo do desemprego.
No entanto, alguns dados enganam. Embora diversos indicadores sugiram que a prevalência de doenças ocupacionais venha caindo nos últimos anos, isso não deve ser tomado como sinal de melhora da saúde da população economicamente ativa. O que as estatísticas não mostram é que o número de doenças crônicas e degenerativas nos idosos aumenta dramaticamente, até por causa do envelhecimento populacional.
Ao que tudo indica, os jovens conseguem lidar razoavelmente bem com os fatores estressores no ambiente de trabalho. É mais tarde, porém, quando o indivíduo já está aposentado, que os prejuízos para a saúde se tornam perceptíveis. Lugar-comumA frase “Estou estressado” já virou lugar-comum. Entretanto, não há consenso sobre a definição de stress ocupacional. Segundo o Instituto de Saúde e Segurança Ocupacional dos Estados Unidos, “o stress ocupacional é uma resposta física e emocional nociva que ocorre quando as exigências do trabalho superam as habilidades, os recursos e as necessidades do trabalhador”.
Para o departamento de emprego e assistência social da União Européia trata-se “de uma reação cognitiva, comportamental e fisiológica a aspectos aversivos e perniciosos do ambiente e da organização do trabalho. É um estado caracterizado por altos níveis de alerta, angústia e frustração por não se conseguir lidar com o problema”.
De certa forma, todas as definições contemplam a variedade de aspectos dessa complexa questão. Para simplificar, porém, podemos entender o stress como um desgaste físico e principalmente psíquico. A pessoa estressada sente que algo de si está sendo consumido. As fontes desse desgaste, que alguns chamam de fatores estressores, são variadas e podem ser divididas em três domínios: o do conteúdo do trabalho, o da função que o indivíduo ocupa e o das condições ambientais e organizacionais do trabalho.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

ACIDENTE DE TRABALHO


QUASE ACIDENTES SÃO SINAIS DE ALERTA

Muitos incidentes quase viram acidentes. São aqueles que não provocam ferimentos apenas porque ninguém se encontrava na posição de se machucar. Se nós tivéssemos conhecimento dos fatos, provavelmente descobriríamos que existem muito mais acidentes que não causam ferimentos do que aqueles que os provocam. Você deixa algo pesado cair e não acerta o próprio pé. Isto é um incidente, mas sem ferimento.

Você sabe o que geralmente faz com que um quase acidente não seja um acidente com ferimentos? Geralmente é uma fração de segundos ou uma fração de espaço. Pense bem. Menos de um segundo ou um centímetro separ você ou um amigo de ser atropelado por um carro. Essa diferença é apenas uma questão de sorte? Nem sempre.

Suponha que você esteja voltando para casa à noite e por pouco não tenha atropelado uma criança correndo atrás de uma bola na rua. Foi apenas sorte você ter conseguido frear no último segundo? Não. Um outro motorista talvez tivesse atropelado a criança. Nesse caso, seus reflexos podem ter sido mais rápidos, ou talvez você estivesse mais alerta ou mais cuidadoso. Seu carro pode ter freios melhores, melhores faróis ou melhores pneus. De qualquer maneira, não se trata de sorte apenas o que faz com que um quase acidente não se torne um acidente real.

Quando acontece algo como no caso da criança quase atropelada, certamente você reduzirá a velocidade sempre que passar novamente pelo mesmo local. Você sabe que existem crianças brincando nas calçadas e que, de repente, elas podem correr para a rua.

No trabalho, um quase acidente deve servir como aviso da mesma maneira. A condição que quase causa um acidente pode facilmente provocar um acidente da próxima vez em que você não estiver tão alerta ou quando seus reflexos não estiverem atuando tão bem.

Tome por exemplo uma mancha de óleo no chão. Uma pessoa passa, vê a mancha e dá a volta: nada acontece. A próxima pessoa a passar não percebe o óleo, escorrega e quase cai. Depois de dizer algumas coisas, ela também continua seu caminho. Infelizmente, a terceira pessoa qua passa escorrega, perde o equilíbrio e cai - bate a cabeça ou esfola as costas.

Tome um outro exemplo: uma pilha de material não travada. Ela cai, quase pegando alguém que esteja passando por perto. Pelo fato de não ter atingido essa pessoa, ela apenas se refaz do susto e diz: "puxa, essa passou perto!" Mas a pilha cai em cima de alguém que não conseguiu ser rápido o bastante para sair do caminho e se machuca, faz-se um barulho enorme e investiga-se o acidente. A conclusão é mais do que óbvia. Devemos estar em alerta para os "quase acidentes". Assim, evitamos ser pegos por um acidente de verdade.

Lembre-se de que os quase acidentes são sinais claros de que algo está errado. Por exemplo: nosso empilhamento de material pode estar mal feito, a arrumação de nosso local de trabalho, do nosso material e de nossas ferramentas, pode estar mal feita ou em más condições e as proteções no local mpodem não estar funcionando bem.

Assim, vamos ficar de olhos abertos para as pequenas coisas que possam estar erradas. Façamos alguma coisa para corrigi-las. Relate e corrija essas situações. Vamos tratar os quase acidentes como se fossem um acidente frave. Vamos descobrir as causas fundamentais enquanto temos chance. Não podemos deixar de lado o aviso dos quase acidentes.


Alerson Martins
Técnico de Segurança do Trabalho e da Qualidade
Programa "Viva Saúde" - Ed. Arte 2009

sábado, 25 de abril de 2009

Motivação


Calibração de pessoas

Calibração é um procedimento que visa estabelecer uma relação entre medição feita por um instrumento padrão e o instrumento que precisa ser ajustado. Definindo de forma muito simples, calibração é o "acerto" de um instrumento de medição. Algo parecido com o ato de acertar um relógio pela hora oficial do país.

Pessoas precisam também ser calibradas. Assim como os instrumentos as pessoas vão incluindo erros em seus comportamentos diários, adquirem vícios e maus hábitos, alteram sua escala de valores, dexam de cumprir procedimentos que sempre cumpriram à risca, relaxam nos cuidados com a aparência, ficam mais preguiçosas, etc.

O cérebro funciona como uma máquina que, apesar de poderosa, descalibra-se de forma similar a qualquer outra máquina. Sendo assim, a pergunta é: qual o seu procedimento, como gestor, para calibrar as pessoas de sua equipe, isto é, para constantemente trazê-las e mantê-las cumprindo os padrões da empresa, tendo atitudes de acordo com os valores da companhia, respeitando o código de ética da organização?

Há vários cursos sobre gestão de pessoas, mas quase nunca se fala sobre esse assunto. Treinar pessoas, educá-las, desenvolvê-las, motivá-las, tudo está certo. Mas como calibrá-las? Como mantê-las "na linha"?

Em um curso, um cliente perguntou-me sobre qual era a empresa mais antiga ou de maior sucesso em todos os tempos. Minha resposta foi rápido e fácil: a Igraja Católica. Mais de 2000 anos merecem aplausos e reconhecimento de todos.

E uma das melhores práticas que a Igreja tem para ensinar é a Missa. Todo domingo, a repetição de ensinamentos, a revisão da ideologia (doutrina) e a renovação de compromissos. Os mesmos rituais. Durante a semana, os fiéis vão se descalibrando. Pecam, naufragam diantes das tentações, afastam-se da doutrina.

No domingo, pronto! Todos no prumo outra vez. Confissões, sacramentos, canções, orações, a palavra do padre. Todo mundo alinhado de novo. E assim passam-se dois mil anos.

Nas empresas, onde está o "padre"? Onde está a "missa"? Estou falando do gestor e da reciclagem do treinamento. Gestores, muitas vezes, esquecem as pessoas de suas equipes, mal falam com elas, não transmitem qualquer mensagem de otimismo e de disciplina, não incentivam, não repreendem, não ligam para os seres humanos que lideram. Não treinam, não retreinam, não sabem dar feedback.

Seria possível imaginar qualquer igreja onde o padre ou o pastor não falasse com suas pessoas? Seria possível pensar em uma religião sem a missa ou o culto semanal? Não seria! E como podemos pensar em uma empresa onde o gestor não conversa, não orienta, não avalia desempenho, não lidera? Como imaginar uma empresa sem a reciclagem, sem rituais, sem a revigoração dos valores que, afinal de contas, deveriam ser os comportamentos esperados pela organização?

Gestores não entendem por que perdem talentos, por que pessoas com bom potencial arrastam-se no trabalho, por que nem mesmo dinheiro as motiva. Estas mesmas pessoas, à noite, pagam para orar e cantar em alguma igreja e trabalham de graça. Incompetência de gestores e de empresas que não entendem este simples conceito: cérebros precisam de manutenção, precisam de ajustes, precisam de calibração. Pessoas nunca estão completamente fidelizadas nem treinadas.

Gestão é um trabalho incessante, não termina nunca, é desgastante. Mas é o único caminho para o lucro. Ser gestor é entender este princípio bastante singelo: gerenciar pessoas é repetir, sem parar, a ideologia da empresa, os seus procedimentos administrativos e técnicos, e a importância dos resultados.
Paulo Ricardo Mubarack - mubarack@terra.com.br é doutor e consultor empresarial
Escreveu para a seção "Mercado Metrológico" da revista Metrologia e Instrumentação, edição fevereiro/março 2009

sábado, 11 de abril de 2009

Ponto de vista


Honestidade
Faça um teste de sua honestidade clicando no link ao lado.


Aproveitei a Páscoa para trazer à vida alguns conceitos simples que ficaram meio mortos dentro de mim.

Como sinal de íntegro e sincero arrependimento, resolvi testar minha própria lealdade para com o meu próximo e para comigo mesmo, deixando de viver na "Lei de Gérson", ou seja: querer levar vantagem sobre os outros, querer lucrar sobre tudo, só por causa das injustiças do mundo.

Nenhuma ação errônea pode ser justificada sob a alegação de que os políticos roubam, de que os bancam exploram, de que os juros são absurdos, de que os salários são baixos, ou que você se sente em posição desfavorável diante das outras pessoas, etc. Não! nada disso é válido. A verdade é que queremos justificar os nossos erros injustificáveis.

Sinto que minha vida não está condizendo com minhas políticas e meus preceitos. Por isso quero parar de tomar atitudes erradas. Quero resgatar aquela velha pessoa honesta que ficou esquecida desde algum tempo, em algum lugar.

Modificar pequenos gestos estúpidos diários, os mais sutis... fazem a diferença, se querem saber. Pois começam miúdos e vão crescendo, crescendo. Quando a gente assusta está fazendo grandes coisas erradas sem a menor culpa, sem a menor ética. Ficamos amorais.

Primar pela honestidade é primar pela decência, pela honradez, pela lealdade. Palavras sinônimas, e bonitas. Dignidade começa aí. Eu não quero perder minha dignidade, nem trocá-la por pequenas ações indecorosas que me açoitam a partir de uma oportunidade.

Todos nós, algum dia, foi desonesto em algum ponto. Seja com alguém, seja consigo mesmo. Todos nós sentimos culpa por atitudes erradas em algum momento da vida.

Preciso aproveitar momentos como este, da Páscoa, para modificar o modo como estou agindo. Para me arrepender, e tentar viver a vida de uma forma mais correta e sensata.

E assim, quero melhorar meu dia-a-adia, me tornar mais puro, mais digno, mais fraterno, menos egoísta, menos hipócrita.

Aproveite você também a Páscoa. Ainda que você não seja católico, ou evangélico. Aproveite um momento como este, para repensar os seus conceitos, ou trazer à vida aquela pessoa melhor que vivia em você, e que, por alguma razão, você deixou morrer. Faça da Páscoa um pretexto para você se tornar melhor, como eu estou fazendo. Você não vai se arrepender. Vale a pena!

terça-feira, 17 de março de 2009

Ilustração

A QUALIDADE ESTÁ NA ESSÊNCIA
Jornalista Valmir Bononi

Sabe quando você está num desses momentos em que nada parece satisfazê-lo para passar o domingo? Você deseja qualquer coisa, menos tentar acertar quais são os próximos versos da música na gincana do Sílvio Santos, ou ouvir a história de vida de mais um “monstro sagrado da televisão brasileira” no programa do Faustão. Aí você resolve que uma boa ocupação para o dia é tentar arrumar algumas coisas que ficaram fora de ordem no armário e, consequentemente, na sua vida. Mexe daqui, fuça dali, encontro uma caixa cheia de livros ainda a espera de um bom lugar na estante. Resquícios da última etapa da minha mudança de São Paulo para Ribeirão Preto, que começou há oito anos. Livros antigos. Que programa poderia ser melhor do que relembrar velhas leituras já esquecidas num dia tão entediante?

Logo de cara encontro um livro que já nem imaginava que estivesse ainda comigo. Afinal, foram tantos emprestados que acabaram se perdendo, sem nenhuma previsão de retorno. Mas, voltando ao livro em questão, lembrei-me de imediato o quanto ele me marcou na minha pós-adolescência: “O Perfume”, do escritor alemão Patrick Süskind. A história foi inspirada nas teorias freudianas e conta a trajetória de um homem que possui um olfato bastante apurado mas não possui um cheiro próprio. Com o passar do tempo ele se torna um grande perfumista e sua obsessão na busca de um cheiro ideal transforma-o num terrível assassino. É uma história densa que depois virou um filme, porém, como quase sempre acontece em adaptações, a literatura superou o cinema. De imediato, fiz questão de recomeçar a ler esse bom livro.

Na medida em que fui novamente seduzido por essa história tão envolvente, comecei a fazer algumas indagações comigo mesmo. Em alguns pontos, não seriam as pessoas semelhantes aos perfumes? Assim como uma fragrância pode ser boa ou ruim, também o ser humano é assim. Da mesma forma como encontramos perfumes valiosíssimos e raros e outros baratos, disponíveis em qualquer barraca de esquina, as pessoas que conhecemos no decorrer da vida também podem ser separadas por esse parâmetro. Quanto à embalagem, a situação não é diferente. Há perfumes que, de imediato, atraem pelo recipiente. Você olha, acha o frasco bonito e é quase convencido a levá-lo antes mesmo de sentir o cheiro. Depois que experimenta, percebe que valia só pela embalagem mesmo. E por que não lembrar um pensamento dos mais repetidos: “É nos pequenos frascos que se encontram os bons perfumes”. Nada original, mas não deixa de ser adequado à discussão proposta.

No meio dessa viagem sobre odores e pessoas, entendi que o segredo de qualquer perfume está na essência. É essa substância imutável que faz o perfume ser bom ou ruim, forte ou suave, verdadeiro ou falsificado. Se tirarmos um perfume do seu frasco original e o passarmos para outro vidro, ele continuará sendo o mesmo perfume porque a essência nele contida é a mesma. Podemos nos enganar só por um momento porque a embalagem mudou, mas logo o cheiro se manifesta e o perfume, bom ou ruim, é revelado.

Muitas pessoas nem percebem, mas assim como os perfumes, nós também possuímos uma essência própria. Um cheiro característico que emana da nossa alma. De uns, cheiro suave e agradável, porém de outros, o odor mais fétido e impossível de se esconder. Há quem pense ser possível mudar o nosso perfume interior, dependendo da situação, assim como podemos trocar de fragrância na hora que desejamos quando se trata de um cosmético. Como chefe de um setor no meu antigo trabalho, lembro de como muitas pessoas se apresentavam na hora de tentar uma vaga de emprego. Sempre com muita simpatia, solícitos, mostrando disposição para enfrentar qualquer problema. Muitas vezes, os próprios currículos eram maquiados, disfarçados. Infelizmente, muitos só começavam a liberar a essência verdadeira depois que já estavam contratados. E outras pessoas se comportam da mesma forma em tantas outras situações. Acham que devem e podem se mostrar de diferentes maneiras dependendo do momento ou das companhias. Esquecem que cedo ou tarde, não há verdade que não se revele. O cheiro que vem da alma sempre se sobrepõe a qualquer artifício.

Enfim, o que vale a pena mesmo é sermos autênticos sempre. Não podemos perder a essência independentemente da situação ou ambiente em que nos encontramos. E que seja a melhor essência, aquela que espalha um cheiro agradável a ponto de as pessoas nos reconhecerem sempre, onde quer que estejamos, e sentirem prazer por estar ao nosso lado. Quanto à essência ruim, a única chance de melhorar é ser tratada e transformada, um processo para o qual nem todos estão preparados ou são capazes de se permitir.

Valmir Bononi - Ribeirão Preto, SP, Brasil
Jornalista

terça-feira, 3 de março de 2009

Meio Ambiente




O que é 5S


Quem, em sua insana rotina de trabalho, nunca ouviu falar do 5S? Tantas pessoas conhecem, poucas praticam. Por isso, hoje de manhã, ao chegar ao escritório e me deparar com uma imensidão de papéis espalhados por toda a parte, resolvi aplicá-lo, afinal, o 5S é um programa que deve se tornar hábito, meio de vida, uma cultura.

A sigla saiu de 5 palavras japonesas (Seiri, Seiton, Seisou, Seiketsu, Shitsuke), surgidas em 1950, com o interesse de organizar, liberar áreas, melhorar o relacionamento nas empresas, facilitar o manejo de recursos disponíveis.Claro que os japoneses tinham muita razões para criar essas palavrinhas mágicas, capazes de transformar um ambiente de trabalho tumultuado, em um tranquilo e ordenado lugar de se laborar.

Chegou ao Brasil, em diversas versões, mas todas elas, absolutamente aplicáveis ao ambiente de trabalho, adaptáveis à cada tipo de ramo de atividade.

Quem lucrou com isso? Indústrias, meio ambiente, trabalhador.

A tradução mais utilizada pelas empresas brasileiras para o 5S é a seguinte: Senso de utilização; Senso de ordenação; Senso de saúde; Senso de Limpeza; Senso de Autodisciplina.

Na minha estação de trabalho, vieram a calhar.

O Senso de utilização me serviu para descartar as coisas inúteis, excesso de suvenirs nas mesas, post-its desnecessários pregados nos monitores, excesso de acessórios de escritório. Coloquei as coisas que me pareceram úteis em locais onde realmente pudessem ser úteis, e joguei fora as coisas velhas e o que não me servia mais e não podia ser reciclado.

O Senso de ordenação me serviu para ordenar minhas atividades, de modo a torná-las eficientes e exequíveis, planejadas, sem muito estresse, tudo ao alcance das minhas mãos: relatórios concisos em pastas, papéis ordenados por ordem cronológica ou alfabética, regras de prioridades para atividades consideradas emergenciais ou críticas.

O Senso de saúde me serviu para me preocupar mais com minha saúde física e mental, meu equilíbrio emocional, minha auto-estima, meu bom humor. Serviu para estabelecer limites para cada tarefa, objetivando evitar reações adversas do meu organismo, como dores lombares, dores musculares, dor de cabeça; impaciência, fadiga, o famigerado estresse...

O Senso de limpeza me serviu para perceber que minha mesa estava coberta por uma fina camada de poeira, que o filtro do ar-condicionado já estava na hora de ser substituído, e que minha lixeira não suportava mais tantos papéis e restos de coisas.

E por fim, o Senso de autodisciplina, que me serviu para perceber que os meus horários já não atendiam ao meu organismo. Chegar atrasado, trabalhar na hora do almoço para compensar, não tomar café da tarde para adiantar as tarefas, comer um sanduíche na frente do computador... tudo isso é sinal de desorganização e falta de disciplina.
Percebi que acordar mais cedo, chegar no horário, fazer pequenos intervalos para relaxar, sair um pouco da sala pra respirar, parar para tomar o café da tarde, e encontrar os colegas na cantina; procurar executar todas as tarefas durante o horário do expediente, sem extrapolar. Sair do trabalho no horário certo... isso sim, é autodisciplina.

Devemos praticar o 5S como uma coisa natural, pois, muitos recursos que hoje temos, como a tecnologia, novas formas de trabalho, etc, não nos adiantarão se não soubermos utilizá-los, ordená-los, limpá-los, conservá-los e, finalmente, descartá-los ou reciclá-los quando chegar a hora.

Faça você também um 5S na sua vida e no seu trabalho. Faça disso um hábito e o seu trabalho vai se tornar mais prazeroso e o seu tempo mais proveitoso.

Até a próxima,

Alerson Martins
Técnico de Segurança e da Qualidade

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Educação e Sustentabilidade


A Praia do Morro

A primeira vez que avistei o mar, precisamente em Setembro de 2004, achei que seria uma coisa muito normal. Afinal, com meus rasos 24 anos, e com a consciência de que era sabedor de alguma coisa, depois de tantas paisagens vistas pela TV, na internet, fotos de amigos, etc, achei que não teria muita empolgação.

Quando cheguei, meio tímido pelo desconforto do desconhecimento, fui me aproximando, sorrateiro, como quem quer ver mas finge que não quer. Como não estava sozinho, procurei demonstrar o máximo de naturalidade possível, afinal, aquelas pessoas imaginavam que eu já conhecia o mar.

Avistei-o, então, em sua majestosa imponência, meio no escuro, pois era noite, noite fria. Só algumas pessoas caminhavam pela praia. Vi-o, e logo o reconheci. Era ele mesmo, resoluto, exato e ao mesmo tempo tão poético, na sua imensidão pacífica. Estava com sua aparência mais terna do que nos cartões postais que eu o havia visto, mais largo do que nas paisagens da internet, mas sagaz do que nas fotos dos amigos. Era lindo.

Eu, que tantas vezes havia dito as palavras de Drummond: "Eu não vi o mar/eu vi a lagoa...", estava convicto de que o mar não me acrescentaria muita coisa quando eu o visse de perto, pois, já tinha em mente sua dimensão e sua superioridade. Mas, ao contrário disso, sua beleza vista de perto é maior e mais imponente do que minha pobre imaginação, do que meu pobre conhecimento, do que meus fúteis conceitos.

Ver o mar, não só me fez constatar que sua imensidão é indiscutível e que sua superioridade de grandeza é inenarrável, como também me fez crescer um pouco. Diante dele pude parar um pouco, pensar em Deus, em minha vida, no meio ambiente.

Você também deve estar pensando enquanto lê este artigo: "o que isso tem a ver com a temática do Blog?". Mas eu já explico.

Longe de querer ser politicamente correto. Nunca fui. Longe também de querer ser pretensioso o bastante para achar que vou salvar a Terra. Nada disso.

A praia é tão linda e o mar tão perfeito que muitas convicções teóricas, como as que eu tinha em mim, morreram na areia, derrotadas pela firmeza da expressão da natureza, desfeitas como as ondas. O mar é fruto do olhar poético de Deus, que o desenhou, minuciosamente, para embelezar a Terra.

E como todo mineiro, foi lá mesmo que o conheci: no Espírito Santo.

Junto com esta grande experiência, veio também o choque de constatar o que não aparece nas paisagens, nas fotos, nos cartões postais, e que, com certeza, não estava no Projeto de Deus: o lixo.

Você mergulha e consegue pegar o lixo que as pessoas depositam no mar, ou deixam na praia, ao léu.

Garrafas plásticas são deixadas esquecidas, abandonadas pelos banhistas, turistas, visitantes, moradores, ambulantes.

É uma atitude tão comum que ninguém acha estranho dar um mergulho e voltar à superfície com uma sacola de supermercado pregada no rosto.

Depois as pessoas ainda dizem que têm consciência ambiental.

Sustentabilidade pode até ser um termo novo, com o qual a população ainda não esteja cem por cento familiarizada. Mas educação é uma palavra mais comum e muito antiga. As nossas crianças fazem exatamente o que fazemos na frente delas. Talvez seja por isso que a geração que está chegando agora não dê muita importância ao meio ambiente e à sua preservação, pois, todos achamos tão natural degradar e destruir. Afinal, é só um lixinho. Um lixinho meu, um lixinho seu, um lixinho do nosso colega...

Cinco anos depois, volto à mesma praia. Revejo o mar, que já não é o mesmo. Sinto aquela mesma expectativa. O mar novamente me surpreende com sua predominância e supremacia absoluta. Me faz lembrar uns versos de poesia, me aguça a inspiração.

Resoluto, ele ainda sobrevive à degradação humana, à sua lenta e irrecuperável destruição.

Mas... e quanto à sustentabilidade? e quanto à educação? Ainda figuram bonitas e fora de uso para a humanidade. Tanto uma quanto a outra. A diferença é que da segunda nos lembramos mais de dizer. Também não quer dizer que a apliquemos constantemente onde deveríamos aplicar.

De 2004 pra cá ninguém pareceu se preocupar muito com políticas ambientais que eduquem os banhistas e frequentadores da praia, que tragam um resultado favorável ao meio ambiente, agora ou a longo prazo.

A poluição continua avassaladora. As pessoas continuam desconscientizadas. Todo mundo ainda joga papéis e plásticos na areia. Garrafas e latas de cerveja são deixadas à beira do mar, sem a menor culpa. As sacolinhas plásticas ora boiam na superfície, ora se agarram à rala vegetação submarina. A vida submarina sobrevive pela misericórdia de Deus.

Mergulhamos e ainda voltamos à superfície com a sensação de estarmos nadando no rio Tietê (que deveria também ser alvo dos ambientalistas).

Gostaria muito de fazer da sustentabilidade e da educação, alvos da população. Que estejam ao alcance de todos, e que, sejam aplicadas com os sentidos que devem ser aplicadas.

Nesta praia, sou apenas um grão de areia. Talvez eu não faça a diferença. Talvez ninguém ouça quando eu gritar. Mas mesmo assim vou plantar esta ideia, fazer a minha parte, dar a minha contribuição.

Quero tornar estes termos absolutamente difundidos na vida e na mente das pessoas. Em especial àquelas céticas, que já não fazem a sua parte porque ninguém faz. Quero também ser um ajudor da Terra. Difundir a inteligência ambiental para as próximas gerações.

Quem quiser pode me seguir: a estrada é longa mas a vitória é certa. O meio ambiente também agradece.

Alerson Martins escreveu este artigo para o "Viva a Vida", edição de Fevereiro/2009

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Depoimento

"A Lição de Drummond"
Ilustrações sobre o texto "A vida necessita de pausas", do dia 3 de fev. 2009
Jornalista Valmir Bononi

Depois de mais de oito anos dedicados prioritariamente ao meu trabalho como jornalista numa grande rede de TV comecei o ano como mais um dos dos 1,6 milhão de brasileiros a procura de uma nova ocupação. Confesso que a sensação não foi das melhores. Não que já não tivesse passado antes por situação semelhante. A questão agora era a forma de retribuição prestada a quem realmente exerceu com paixão todas as atividades que lhe foram confiadas. Acredito que isso aconteça com qualquer pessoa que consiga o privilégio de fazer o que gosta.

Como sempre acontece nessas ocasiões, primeiro você cede ao sentimento negativo da revolta, da inconformidade. Depois vem aqueles momentos de se fazer uma auto-análise. Poderia eu ter feito mais? Onde foi que eu errei? Finalmente você é obrigado a deixar de lado as conjecturas, que na maioria das vezes levam a lugar nenhum, para iniciar o processo de reorganização da sua vida até chegar a um novo emprego. E quanto mais rápido você processar tudo isso, melhor. Pelo menos era assim que eu pensava até ler ainda esses dias, aqui mesmo neste blog, artigo do meu amigo Léo sobre saúde emocional.

Vamos descontar aqui a falta de isenção natural de quem fala sobre alguém que se admira. Mais do que o bom texto e a percepção arguta do que é o nosso cotidiano, o que mais chamou a atenção na leitura foi perceber o quanto fui atingido por ela. Por quanto tempo eu nem sequer lembrei a existência desse termo: saúde emocional? Mais precisamente os últimos oito anos de total dedicação à empresa em que trabalhava. De imediato vieram à minha mente todas as imagens de uma rotina que por muitas vezes se resumia a doze ou treze horas dentro da empresa, lembrando tardiamente de parar por 15 ou 20 minutos para comer, sem saber ao certo se estava almoçando muito tarde ou jantando cedo demais. No cardápio, geralmente, aquele velho e bom sanduiche de uma lanchonete famosa. E sim, muitas vezes eu podia jurar que ouvia dentro de mim: "Eu amo tudo isso". E pensa que parava por aí. Nada disso, afinal eu era o "chefe", e líder que se preza tem que estar 24 horas à disposição da empresa. Celular e rádio sempre a postos. Meu Deus! Quantas vezes receber um chamado e ter de decidir entre mobilizar ou não uma equipe às duas da manhã num bate-papo descontraído com os amigos numa mesa de bar, que ninguém é de ferro e o calor em Ribeirão Preto é insuportável. Isso num final de semana, bem entendido. A rotina dos outros dias após o serviço era mesmo chegar em casa, tomar um banho, jantar e dormir, tudo numa sequência rápida, sem grandes intervalos para conversas com a família. Cinema, leitura? Cadê o ânimo? Resumindo, uma vida de total estresse sem se dar conta.

Sim, "a vida necessita de pausas". Sábio Drummond, astuto Léo que rapidamente soube compreender isso. Antenado mesmo, que outro nome poderia ter esse blog? Penso que é do perfil sinuoso das montanhas que emana essa facilidade mineira de enxergar dentro de si mesmo aquilo que parece tão distante. Percebi então que, estar desempregado, não deve de forma alguma ser encarada como uma situação de desespero. Não que a solução seja cruzar os braços e daqui pra frente, levar a vida na flauta, como dizia alguém da família. É claro que todos precisam de uma ocupação, e a bem da verdade, felizmente não fiquei totalmente parado depois que fui demitido. Mas aquela situação que acabou se transformando em algo tão natural na minha vida, será que vale a pena ser repetida? Ou será melhor daqui pra frente saber conciliar o tempo e encontrar um ocupação que permita me dedicar tão apaixonadamente a ela quanto ao prazer de assistir a um bom filme, ler um livro, conversar mais com a família e os amigos, ser mais humano e menos máquina?

A resposta comecei a dar logo depois de ler o referido artigo. Fui ao cinema. E de imediato vou retomar a leitura do livro que comecei a ler nas férias de novembro e nem terminei. E terminar a monografia da pós-graduação que perdi o prazo de entrega em dezembro porque não tinha tempo para fazer. E telefonar para amigos e parentes que não vejo há tempos. E ouvir mais as pessoas ao meu redor. E sobretudo, amar. Amar mais e melhor tudo e todos que valem a pena e muitas vezes ficaram tão esquecidos.

Como vê, Léo, acho que também estou aprendendo a lição de Drummond. Sim, "a vida necessita de pausas". E obrigado por me lembrar disso.



Valmir Bononi - jornalista
Ribeirão Preto - São Paulo

Este artigo também será publicado no "Viva a Vida", publicação mensal de S.S.O. da Unidade Alegria, Minas Gerais

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Saúde Emocional


"A vida necessita de pausas"

Sabe quando você está com a sensação de que está fazendo tudo muito rápido, na agitação, na correria?

Pois é, quando você chega a perceber esta sensação é sinal que já tem muito tempo que você está estressado e que, devido a tantas tarefas diárias, nem percebeu que estava entrando no caminho dos doentes emocionais.

Mas não fique apavorado não. Eu mesmo acabei de ter esta sensação e não estou nem um pouco preocupado. E não pense que é porque estou fazendo análise. Nada disso! como você, também não tenho tempo.

Mas, se você está interessado em saber como anda sua saúde emocional, responda para si mesmo uma pergunta essencial: você tem hábitos de vida saudáveis? sim, porque, se eu perguntar se você se considera uma pessoa saudável, naturalmente você responderá que sim, que trabalha todos os dias, sobe e desce escadas, talvez carregue caixas, caminhe até seu local de trabalho, etc.

Não se trata somente disso. Para você estar saudável emocionalmente você precisa estar com suas funções psíquicas equilibradas. Esse desvio pode não ter nenhum sintoma. Isso inclui um bom nível de auto conhecimento, de auto aceitação. O equilíbrio emocional reflete no seu físico e também diretamente no seu convívio familiar.

Estar de bem consigo mesmo, procurando resolver os problemas da melhor forma, enfrentando as situações da vida com bom humor e otimismo, achando soluções criativas para o trabalho, para o lazer, para a cultura... tudo isso é sinal de equilíbrio! tudo isso é um claro sinal de saúde emocional.

Além disso, alimentar-se bem, beber muita água, manter-se no peso adequado, ser ativo, parar de fumar, evitar bebidas alcoólicas ou beber com moderação respeitando seus limites, e não consumir outros tipos de drogas, são outros sinais de notória saúde emocional.

Ter atitudes seguras, ser honesto, fazer o que você gosta, conversar com as pessoas, conhecer novos lugares, namorar, dormir o suficiente, visitar o seu médico regularmente... isso é saúde emocional.

Talvez você ache tudo isso uma grande besteira, como eu também achava.

Mas olha, isto que você lê é um depoimento de quem estava à beira de um ataque de nervos, trabalhando sem nenhuma pausa, desrespeitando meus próprios limites, arriscando minha própria vida. Sim! não é exagero! é cada vez mais comum pessoas sofrerem ataques cardíacos fulminantes devido a hábitos de vida tão sedentários e a estilos de vida tão agitados.

Além de não fazer bem para sua saúde emocional, não faz bem ao seu físico, não te traz benefícios, não te compraz. Muito pelo contrário, você tende a ficar cada vez mais agitado, achando que tudo deve ser resolvido num átimo, e tende a achar as pessoas cada vez mais lentas, pois você se torna incapaz de reconhecer o limite das outras pessoas e a respeitá-las.

Você fica cego. Nâo enxerga a própria família. Seu mau humor o impede de conduzir certas situações com mais leveza e otimismo.

Pare e pense. Talvez você esteja como eu: correndo demais. Incapaz de ler um bom livro, assistir a um bom filme. Tudo isso leva tempo. E você, com certeza, não pode perder o seu precioso tempo. Aliás, tempo é dinheiro.

Mas aceite essa sugestão. Não leve como conselho. Dê uma pausa a você mesmo. Reavalie seus conceitos. Esqueça que isso é um clichê! O trabalho árduo e exagerado faz você parecer racional demais, pois você pensa cada vez mais juridicamente. Você precisa abandonar um pouco o coletivo e enxergar o indivíduo que existe dentro dessa máquina que está cada vez mais acelerada.

Reserve tempo para ouvir você mesmo e entender seus sentimentos e emoções. Isso o ajudará a crescer também. Recompense a si mesmo pelas suas conquistas. Seu trabalho e sua força de vontade já representam uma grande conquista.

Se você já se encontra num grau elevado de estresse, procure lidar com ele como um aprendizado. Definitivamente: relaxe. Seja um pouco irresponsável. Não te fará mal nenhum, pois, todos precisamos de um descanso. Carlos Drummond escreveu que "a vida necessita de pausas".

Acredite: é o melhor para você. Será o melhor para sua saúde emocional. Toda a natureza será favorável a esta decisão. Sua auto estima, com certeza, agradecerá.

Grande abraço,

Léo (A. Martins)
Técnico de Segurança do Trabalho e da Qualidade
Este texto também foi publicado no periódico "Viva a Vida", do Rotary Gutierrez




quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

12 CONSELHOS PARA SE TER UM INFARTO FELIZ

SAÚDE DO CORAÇÃO


1. Cuide de seu trabalho antes de tudo. As necessidades pessoais e familiares são secundárias.
2. Trabalhe aos sábados o dia inteiro e, se puder também aos domingos.
3. Se não puder permanecer no escritório à noite, leve trabalho para casa e trabalhe até tarde.
4. Ao invés de dizer não, diga sempre sim a tudo que lhe solicitarem.
5. Procure fazer parte de todas as comissões, comitês, diretorias, conselhos e aceite todos os convites para conferências, seminários, encontros, reuniões, simpósios etc.
6. Não se dê ao luxo de um café da manhã ou uma refeição tranqüila. Pelo contrário, não perca tempo e aproveite o horário das refeições para fechar negócios ou fazer reuniões importantes.
7. Não perca tempo fazendo ginástica, nadando, pescando, jogando bola ou tênis. Afinal, tempo é dinheiro.
8. Nunca tire férias, você não precisa disso. Lembre-se que você é de ferro.
9. Centralize todo o trabalho em você, controle e examine tudo para ver se nada está errado. Delegar é pura bobagem; é tudo com você mesmo.
10. Se sentir que está perdendo o ritmo, o fôlego e pintar aquela dor de estômago, tome logo estimulantes, energéticos e anti-ácidos. Eles vão te deixar tinindo.
11. Se tiver dificuldades em dormir não perca tempo: tome calmantes e sedativos de todos os tipos. Agem rápido e são baratos.
12. E por último, o mais importante: não se permita ter momentos de oração, meditação, audição de uma boa música e reflexão sobre sua vida. Isto é para crédulos e tolos sensíveis. Repita para si: Eu não perco tempo com bobagens.

INFARTO

É a falta de circulação em uma área do músculo cardíaco, cujas células morrem por ficarem sem receber sangue com oxigênio e nutrientes. Segundo Luiz Francisco Ávila, cardiologista do Instituto do Coração (Incor), de São Paulo, a interrupção do fluxo de sangue para o coração pode acontecer de várias maneiras. "A gordura vai se acumulando nas paredes das coronárias, as artérias que irrigam o próprio coração. Com o tempo, forma placas, impedindo que o sangue flua livremente. Assim, basta um espasmo (provocado pelo estresse) para que a passagem da circulação se feche", diz o médico. Outra possibilidade ocorre quando a placa cresce tanto que obstrui completamente a passagem do sangue. Ou seja, o infarto pode acontecer por entupimento (quando as placas de gordura entopem completamente a artéria, o sangue não passa). Assim, as células no trecho que deixou de ser banhado pela circulação acabam morrendo. Segundo o especialista, o principal sinal é a dor muito forte no peito, que pode se irradiar pelo braço esquerdo e pela região do estômago. "Em primeiro lugar, deve-se correr contra o relógio, procurando um atendimento imediato, pois a área do músculo morta cresce como uma bola de neve com o passar do tempo", alerta Ávila.




Circula pela internet o mito de que os sintomas de ataque cardíaco começam por uma dor intensa no braço esquerdo, dor intensa na queixada. Diz também que 60% das pessoas que tiveram um ataque de coração enquanto dormiam, já não se levantaram.

Mas a verdade é que a dor mais típica num ataque cardíaco é a dor a meio do peito, retro-esternal, que pode ser também uma sensação de peso ou aperto e que, normalmente, é desencadeada por um esforço, como subir escadas ou andar depressa.

Na maioria dos casos, esta dor no meio do peito irradia para o braço esquerdo, mas também pode, por vezes, subir até ao queixo. As náuseas e suores são, também, sintomas comuns, mas, isoladamente, não significam necessariamente que se trata de um ataque cardíaco.


São pouco frequentes os casos de ataque cardíaco durante o sono, porque, normalmente, estes episódios ocorrem na sequência de um esforço. Ainda assim, se ocorrer durante o sono, o mais comum é a pessoa já não voltar a acordar.


Em caso de suspeita de ataque cardíaco, deve:


1. Chamar o 192 (SAMU) ou dirigir-se de imediato a uma urgência hospitalar, porque é nas primeiras horas que ocorrem mais arritmias mortais. A assistência médica atempada é fundamental para, através da administração de anticoagulante, dissolver o trombo (coágulo) que está entupindo a artéria coronária.


2. Tomar (e não dissolver na boca) uma ou meia aspirina (e não duas). O ácido acetilsalicílico presente na aspirina vai diminuir a coagulabilidade do sangue e, por conseguinte, pode atrasar a formação do trombo.


Não há qualquer motivo para não se deitar. Enquanto espera pelo socorro ou é levado para o hospital, pode permanecer na posição que lhe for mais confortável, sentado ou deitado, sem qualquer prejuízo para a evolução do quadro clínico.





A responsabilidade científica desta informação é da revista PREVENIR.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Trabalho Rural

Depoimento
Jornalista Valmir Bononi
Sobre o artigo "Segurança do Trabalho Rural" (postagem do dia 7/1/2009), quero relatar aqui minha experiência como jornalista atuando há oito anos na maior região produtora de açúcar e álcool do mundo: Ribeirão Preto.Muito já se falou sobre esta rica região do estado de São Paulo como exemplo de desenvolvimento e fonte de energia alternativa.Pena que pouco se fale sobre as condições vividas pelos trabalhadores deste setor, peças fundamentais para que esse "modelo" seja alcançado.A cada ano, são milhares que chegam na região vindos principalmente do norte de Minas e dos estados do Nordeste. Trazem pouca bagagem e muitos sonhos, especialmente o de voltar para suas famílias com um pouco mais de dinheiro e em condições de oferecer melhor condição de vida. Infelizmente, muitos chegam e encontram uma realidade bem mais dura do que imaginavam, Alguns nem conseguem voltar. Morrem no meio dos canaviais vítimas do excesso de carga horária embaixo de um sol de 40 graus durante boa parte do ano. Só nos últimos anos foram 21 mortes suspeitas.Não é difícil entender o porque quando se sabe que a maioria desses profissionais é capaz de cortar 15 toneladas de cana num único dia aplicando cerca de 100 mil golpes de facão.E as dificuldades não param por aí. São muitas as denúncias sobre as péssimas condições de moradia oferecidas por algumas usinas. Os chamados "bóias-frias" da cana são obrigados a dividir espaços minúsculos em cubículos onde geralmente são acomodadas até 15 pessoas. Para alguns, o transporte é feito em velhos ônibus ou caminhões que já deveriam ter sido colocados fora de uso, um risco a mais para a vida deles. Na lavoura, os flagrantes de equipamentos inadequados ou até mesmo a falta destes é um só mais um agravante. Por fim, desiludidos com tamanho sacrifício, os mais fracos acabam se entregando ao vício do crack como forma de amenizar as dores ou a fome.Felizmente o Ministério Público e as autoridades trabalhistas têm se mostrado mais presentes contra essa situação vergonhosa. Só no ano passado os grupos de fiscalização efetuaram o resgate de quase seis mil trabalhadores em más condições de trabalho no estado de São Paulo. Vamos torcer e cobrar para que essas ações continuem. E que a região de Ribeirão Preto faça juz à alcunha de "Califórnia Brasileira".
Postagem do moderador:
{Querido Valmir, volte sempre ao Blog SST! adoro sua presença! você será sempre bem vindo!}

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Treinamentos

Galera!

O treinamento de brigada da turma do "Zé Bob" vai acontecer na próxima semana. Pasmem! o treinador é o Sebastian Góis. Mas, da última vez fez tanto sucesso, que até as fotos que foram feitas em outro centro de treinamento foram parar na primeira página do "Viva Saúde", edição de domingo, 4/1. Eis aí o sucesso de nosso trabalho. Tivemos de fazer uma "reedição" do último encarte por causa dessas novidades. Daí a razão pela qual o artigo sobre beneficiamento do minério só será apresentado na edição dia 11/1. Mais uma vez: valeu a pena!

Fiquem com Deus.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Segurança do Trabalho no setor Rural



As atividades rurais apresentam, em diversas fases, riscos que podem ocasionar ao trabalhador problemas de saúde oriundos de manipulação de produtos químicos, tais como os fertilizantes químicos e orgânicos, os corretivos de solo, os adubos químicos, riscos de acidentes, riscos físicos como umidade, intempéries, ruído, entre outros. Os riscos existentes em um local de trabalho podem gerar agravos à integridade física dos trabalhadores. A tecnologia presente hoje permite que possam ser previstas possíveis falhas, além de antecipar os acidentes e doenças.


O trabalho agrícola apresenta riscos ocupacionais com gravidade variável, como a exposição a agrotóxicos, intempéries, desgaste físico, animais peçonhentos, dentre outros.


Riscos Físicos


Ruído, em decorrências das máquinas e equipamentos agrícolas;
Calor, umidade proveniente de atividades a céu aberto ou em galpões e radiações de origem solar.


Riscos Químicos

Dérmico: Contato pela manipulação ou manejo de produtos fitossanitários.
Inalação: vapores orgânicos, névoas ou finas partículas tóxicas através das vias respiratórias. Intoxicação por manipulação de agrotóxicos: boca, olhos, mucosas.
Poeira: decorrente de processos de produção; beneficiamento de alimentos; partículas finas decorrentes de processos de moagem, trituração;

Os efeitos de agentes caracterizados como riscos químicos no organismo podem ser inertes, alérgicos ou tóxicos, desde uma simples alergia, bronquite ou um resfriado até doenças fatais como, no caso de cortadores de cana, a bagaçose. O efeito causado pela exposição a esses agentes dependerá diretamente da constituição química das partículas presentes somada à quantidade presente no ambiente e o tempo de exposição.

Riscos Biológicos

Os riscos biológicos se relacionam com os microorganismos que podem agredir a saúde e a integridade física de trabalhadores que exercem suas atividades laborais. Em termos de trabalho rural, é importante considerar os agentes biológicos com alta probabilidade de transmissão de doenças como dengue, leptospirose ou doenças virais. Na pecuária, trabalhos laborativos como abatedores de gado, onde o trabalhador tem contato direto com vísceras de animas e manipulação de carnes; sujeito a microorganismos invisíveis; criatórios de porcos, entre outros.

Riscos Ergonômicos

A ergonomia é a ciência que estuda a adaptação do meio produtivo ao trabalhador, proporcionando, assim, que o ambiente de trabalho esteja cada vez próximo da realidade humana, minimizando os distúrbios funcionais no organismo do trabalhador. Assim, riscos ergonômicos podem ser identificados a partir da análise integral da tarefa, contemplando as fases de execução, ciclos de trabalho, trabalhos repetitivos, força física extrema, carga de trabalho e descanso (caso seja necessário) e riscos em cada ponto da atividade.

Acidentes

O trabalhador rural também está protegido pela legislação de segurança, e há uma norma regulamentadora que rege preceitos para as atividades rurais, que é a NR-31. Está exposto a riscos de acidentes, tais como acidentes com objetos cortantes, ocasionados por instrumentos e equipamentos de trabalho, acidentes causados por plantas nocivas, ou vegetação agressiva (cana-de-açúcar) contato com animais peçonhentos, contato e criação de animais ou insetos que possam causar lesões ou ferimentos por mordidas e picadas; acidentes de trajeto por uso impróprio de transporte de pessoas.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Novas Fotos do treinamento

Pessoal,
Atendendo a pedidos vou disponibilizar mais fotos do treinamento de brigada, que aconteceu no último dia 30/12.
Clique nas fotos para vê-las ampliadas.
Esta é a casa da fumaça.
Aprender a respirar e a enxergar dentro dela não é uma tarefa muito fácil. Mesmo porque, a cada instante a fumaça vai ficando mais densa, e o desespero do brigadisda aumenta proporcionalmente. Controlar o pânico é um exercício que o brigadista aprende durante o treinamento, pois com certeza, em situações como esta, pânico e fobia são comuns entre as pessoas que não estão treinadas. O brigadista precisa ter o perfil ideal para lidar com situações críticas como esta e para trabalhar psicologicamente com as pessoas, com o intuito de acalmá-las. Para isso, tranquilidade e temperância são dois dos quesitos essenciais exigidos.


Brigasdistas salvam as vítimas de cima da casa de incêndio e passam por dentro dela para retirá-las. Momentos críticos!


Vazamento de gás. Começou assim, e todos demos um passo para trás. O calor era muito.


Brigadistas em ação!


Quem passa pela casa aprende a lidar com o medo. Todos nós temos nossos medos. Aprender a controlá-los é fundamental para quem quer ser lider.


Esta é a casa da fumaça em plena atividade.

Extintores de pó químico seco (PQS) e CO2 não são indicados para apagar incêndios em líquidos inflamáveis ou gases, mas resfriam (e também fazem a maior bagunça!).


Quatro socorristas são o ideal, mas nem sempre é possível contar com todos. Agilidade e eficácia são outros fatores extremamente importantes quanto o assunto é salvar vidas.


Atendimento à vítima e primeiros socorros: outro grande desafio para os brigadistas

Casa da Fumaça e Casa de Incêndio

Local do Treinamento: Radical Center

A Radical Center é um excelente centro institucional que atua no ramo de prestação de serviços como Treinamentos de Brigada de Incêndio, Primeiros Socorros, Trabalhos em Altura e em espaços confinados, para pessoas físicas, jurídicas, bombeiros civis e voluntários. Trabalha em consonância com as Normas Brasileiras Regulamentadoras (NBR) nº 14276 - Programa de brigada de incêndio; - NBR 14277 - Campo para treinamento de combate a incêndio; - NR 23, da Portaria 3214 do Ministério do Trabalho - Proteção Contra Incêndio para Locais de Trabalho. Além disso, possui uma grande infra-estrutura, sendo o prédio amarelo com sala de aula, vestiários, escritório, sala de reunião, cozinha com churrasqueira e área coberta. O prédio azul, com sala de aula, vestiários, cozinha com fogão à lenha e áreas de confraternização; pista de treinamentos, pracinhas, tanque de decantação e torres de salvamento em altura. Os treinadores são bombeiros altamente capacitados para realização das atividades, parceiros com altíssimo nível de conhecimento, prontos a tornar meros civis (como eu) em pessoas habilitadas a ser brigadistas, socorristas e etc. Acessem o site e saibam mais detalhes: http://www.radicalcenter.com.br/ .