segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Lidando com o erro

Comportamentos indesejáveis devem ser analisados corretamente para que sejam eliminados

O processo de gerenciamento de risco é multidisciplinar e uma das abordagens refere-se ao comportamento humano e seus diferentes tipos de erros. Os erros humanos não podem ser estudados isoladamente das condições onde eles ocorrem. Se as características da tarefa e do ambiente forem organizadas de modo que as pessoas possam detectar e corrigir imediatamente os seus comportamentos inadequados, a frequencia dos erros tende a diminuir. Cada decisão, gesto ou pensamento implica na possibilidade de erros e é preciso aceitar que eles podem ocorrer.

O erro humano é tratado frequentemente como uma coleção uniforme de atos indesejados (atos inseguros), normalmente considerados apenas nos níveis operacionais e de execução de tarefas. No entanto, erros de naturezas diversas ocorrem em diferentes níveis da organização e requerem diferentes medidas preventivas e corretivas. Entender essas diferenças é fundamental para um gerencimento correto e direcionado de suas causas.

Quando se pretende gerenciar erros, é preciso antes considerar suas caracaterísticas. Erros não são intrinsecamente prejudiciais, pois, podem contribuir para o desenvolvimento das tarefas e para a melhoria contínua dos sistemas organizacionais. Além disso, não é possível mudar as condições humanas. Portanto, deve-se mudar as condições de trabalho nas quais as condições humanas estão inseridas.

Considerando que um erro é consituído de duas partes: um estado mental (associados a diversos fatores intrínsecos ao ser humano e que em muitos casos é difícil interferir) e uma situação (um fator contribuinte para um desvio), para que haja um gerenciamento eficaz é preciso analisar essas duas vertentes simultaneamente (ao invés de simplesmente atribuir culpa a alguém).

Outra característica que precisa ser analisada quando se pretende gerenciar erros é que os melhores funcionários podem cometer os piores erros, pois ninguém está imune. Nesse sentido, é preciso atuar em toda a cadeia e em todos os níves hierárquicos existentes dentro da organização.

Por trás dos erros, muitas vezes há um histórico e isso justifica a importância de se investigar suas causas para aprender com elas e evitar a reinciência.