sábado, 9 de janeiro de 2010

DIÁRIO DO PROJETO ONÇA PUMA

Primeiro Dia - Uma noite em Marabá (PA)
Marabá é uma cidade muito quente. Fizemos uma viagem com 2 conexões muito cansativas. E no último voo a aeronave teve de arremeter por causa do vento. Fiquei assustado, mas pousamos bem, na segunda vez.
Percorremos vários hotéis e não haviam vagas, por causa de um evento comemorativo de uma das magazines mais importantes do estado do Pará.
Tive uma surpresa desagradabilíssima quando fui abrir minha bagagem e vi que minhas coisas estavam todas molhadas. O soro fisiológico explodiu, não aguentou a presssão do embarque.
No quarto do hotel Del Príncipe, um dos melhores da cidade, tive de dividir o quarto com mais 3 companheiros de trabalho porque não havia outro disponível.
Enquanto minhas roupas quaram no varal improvisado do nosso quarto, eu lamento a desdita de ter tido a ideia de colocar na bagagem o recipiente com líquidos, pois temia nem encontrar uma farmácia por aqui.
Sinto uma pontada de desconforto gerada por estes incovenientes. Além de um pequeno mal estar gerado pelo calor, pelo ar condicionado dos ambientes daqui e daquela rasa sensação de fome. Aqui, feijão é coisa rara. Comer sem feijão é complicado. Não mata minha fome. Mas farinha e farofa tem de sobra. Comida seca igual ao tempo.
O restaurante do hotel nos serviu um delicioso tucunaré na menteiga, e isso me aliviou parcialmente. Durante o jantar fomos contamos casos e piadas. O Djair foi filmando o jantar, e colocou o vídeo na internet.
Estou tenso porque não sei ao certo o que nos espera no complexo minerador de Onça Puma, onde deveremos nos apresentar na segunda-feira, dia 11.
Além disso, o fato de termos de viajar mais de 450 quilômetros para chegar no site do projeto, amanhã, me deixa preocupado. Ourilândia do Norte me assusta um pouco.

Temos muita coisa a fazer e eu tenho pouco tempo. Meus colegas permanecerão no projeto, realizando os trabalhos. Estão comigo, o Djair, o Cristhiano e o José.
Tudo vai depender da minha atuação para liberação da obra.
Pela tarde me deitei, exausto da viagem. Dormi e sonhei muito com todas as coisas que tenho de fazer. Somou-se a isso, o fato de eu ter deixado família e um estágio a terminar em Belo Horizonte. O estresse aumentou.
Muitas coisas alheias me deixam ansioso. E eu preciso me libertar delas, pois, preciso focar no meu objetivo, que é a mobilização dos trabalhadores.
É claro que, se o clima daqui fosse mais agradável, o hotel fosse individual e minhas roupas estivessem livres dessa molhadeira, as coisas seriam mais fáceis e eu teria mais descanso e tranquilidade, para tratar de tudo com mais conforto e segurança. São coisas pequenas importantes para mim.
Os colegas são hilários e o nosso relacionamento é descontraído ao extremo. Isso facilita muito, para todos. Ameniza as dores da distância, da pressão psicológica, do cansaço.
Sei que Deus está conosco nesta jornada. Vou voltar para BH com todas as soluções. Terei atingido os meus objetivos. E os colegas que por aqui ficarão farão um trabalho eficiente e tranquilo. Com todo o suporte por mim preparado.
Até amanhã (se eu conseguir conexão)

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