segunda-feira, 25 de maio de 2009

ACIDENTE DE TRABALHO


QUASE ACIDENTES SÃO SINAIS DE ALERTA

Muitos incidentes quase viram acidentes. São aqueles que não provocam ferimentos apenas porque ninguém se encontrava na posição de se machucar. Se nós tivéssemos conhecimento dos fatos, provavelmente descobriríamos que existem muito mais acidentes que não causam ferimentos do que aqueles que os provocam. Você deixa algo pesado cair e não acerta o próprio pé. Isto é um incidente, mas sem ferimento.

Você sabe o que geralmente faz com que um quase acidente não seja um acidente com ferimentos? Geralmente é uma fração de segundos ou uma fração de espaço. Pense bem. Menos de um segundo ou um centímetro separ você ou um amigo de ser atropelado por um carro. Essa diferença é apenas uma questão de sorte? Nem sempre.

Suponha que você esteja voltando para casa à noite e por pouco não tenha atropelado uma criança correndo atrás de uma bola na rua. Foi apenas sorte você ter conseguido frear no último segundo? Não. Um outro motorista talvez tivesse atropelado a criança. Nesse caso, seus reflexos podem ter sido mais rápidos, ou talvez você estivesse mais alerta ou mais cuidadoso. Seu carro pode ter freios melhores, melhores faróis ou melhores pneus. De qualquer maneira, não se trata de sorte apenas o que faz com que um quase acidente não se torne um acidente real.

Quando acontece algo como no caso da criança quase atropelada, certamente você reduzirá a velocidade sempre que passar novamente pelo mesmo local. Você sabe que existem crianças brincando nas calçadas e que, de repente, elas podem correr para a rua.

No trabalho, um quase acidente deve servir como aviso da mesma maneira. A condição que quase causa um acidente pode facilmente provocar um acidente da próxima vez em que você não estiver tão alerta ou quando seus reflexos não estiverem atuando tão bem.

Tome por exemplo uma mancha de óleo no chão. Uma pessoa passa, vê a mancha e dá a volta: nada acontece. A próxima pessoa a passar não percebe o óleo, escorrega e quase cai. Depois de dizer algumas coisas, ela também continua seu caminho. Infelizmente, a terceira pessoa qua passa escorrega, perde o equilíbrio e cai - bate a cabeça ou esfola as costas.

Tome um outro exemplo: uma pilha de material não travada. Ela cai, quase pegando alguém que esteja passando por perto. Pelo fato de não ter atingido essa pessoa, ela apenas se refaz do susto e diz: "puxa, essa passou perto!" Mas a pilha cai em cima de alguém que não conseguiu ser rápido o bastante para sair do caminho e se machuca, faz-se um barulho enorme e investiga-se o acidente. A conclusão é mais do que óbvia. Devemos estar em alerta para os "quase acidentes". Assim, evitamos ser pegos por um acidente de verdade.

Lembre-se de que os quase acidentes são sinais claros de que algo está errado. Por exemplo: nosso empilhamento de material pode estar mal feito, a arrumação de nosso local de trabalho, do nosso material e de nossas ferramentas, pode estar mal feita ou em más condições e as proteções no local mpodem não estar funcionando bem.

Assim, vamos ficar de olhos abertos para as pequenas coisas que possam estar erradas. Façamos alguma coisa para corrigi-las. Relate e corrija essas situações. Vamos tratar os quase acidentes como se fossem um acidente frave. Vamos descobrir as causas fundamentais enquanto temos chance. Não podemos deixar de lado o aviso dos quase acidentes.


Alerson Martins
Técnico de Segurança do Trabalho e da Qualidade
Programa "Viva Saúde" - Ed. Arte 2009